Outro dia fiz esse post aqui, no qual conversamos sobre as revoluções no mundo na moda, seja de consumo, comportamento ou simplesmente novos hábitos que não estão necessariamente ligados à crise economia, mas sim a uma nova geração mais sensata, e isso é muito bom!
Lógico que há um somatório de fatores envolvidos nessa transição, mas vai da gente saber o que está mudando aqui nesse meio fashion que a gente vive. E na última semana li 3 fatos que falam um pouco disso, um ruim, um interessante e um esperançoso.
O FIM DE UMA ERA
Se você é blogueira ou simplesmente antenada com o mundo digital, sabe que o Style.com sempre foi o veículo precursor – e mais importante – pra quem busca notícias de moda e, principalmente, acompanhar os desfiles das fashion weeks. Ele sempre foi exemplo e referência, é lá que (ainda) buscamos as fotos, detalhes e também resenhas dos desfiles.
Desde o início do ano foi anunciado que o portal viraria e-commerce, o que já é uma lástima por si só (tantos e-commerces no mundo, deixa stylezinho em paz), mas nessa semana outro revés que caiu por terra qualquer esperança de ter um mínimo toque editorial ao portal. Tim Blanks, seu editor at large, saiu e agora atende no site Business of Fashion. Mas nem tudo está perdido, a Vogue, dona do Style, disse que todo o conteúdo de desfiles será migrado pro Voguerunway.com, assim espero!
LEMBRA QUANDO A ZARA IA ÀS GRANDES MARCAS COPIAR OS LOOKS?
Ainda vai, lógico, mas agora as grandes marcas vão à Zara, não necessariamente copiar os looks #inception, mas sim entender seu modelo de negócio. Polêmicas à parte (se é que é possível), a Zara é a inventora – e maior potência – da fast fashion e o que mais intriga as tais grandes marcas é como esse processo é feito.
Num evento recente da Condé Nast, Anna Wintour contou uma conversa que teve com Christopher Bailey, designer da Burberry, onde ele disse estar cada vez mais intrigado com a velocidade da marca e uma frase que eles pregam “nós não fazemos reuniões”, ou seja, Zara não perde tempo com teoria, logo, Anna ficou mais impressionada ainda e programou visita em breve à fábrica da marca na Espanha (vale ler esse post aqui). E pra isso ser notícia, amigas, é porque é um grande passo e encontro de dois GIGANTES! Será que finalmente Zarinha vai se render às páginas de #ad da Vogue e está colocará looks da marca em seus editoriais?
ANNA DECRETOU O FIM DA PERFEIÇÃO
Nesse mesmo evento da Condé Nast, que reuniu miss Wintour e a equipe da Glamour, ela declarou o seguinte: “não vamos hiperventilar a perfeição” que, em bom português significa que Ana pediu pro povo maneirar nessas chamadas de destaques de “tenha o corpo perfeito”, “tenha o cabelo perfeito”, “tenha qualquer coisa perfeita…”, que as revistas não abrem mão e que, logicamente, vende! Nas palavras das própria Aninha ela disse: “imperfeição tá bom!”.
Isso significa que, se Anna falou, todas as publicações da Condé Nast – ela não é só editora da Vogue, mas também diretora artística do grupo – em breve entrarão numa vibe mais vida real e sem rótulos impactantes. Lembram do post da Kim comparando a capa Bombshell à capa vida real? Pois bem, a ideia é essa e da nossa parte devemos respirar aliviados em ver um futuro fashion promissor e mais democrático, não acham?!
Essa semana nossa ronda de segunda foi diferente, espero que tenham gostado :)
The, adoro seus posts filosóficos culturais artísticos de moda! Abre um mundo para a minha cabeça! Fiquei triste sobre a notícia do style e com um pouco de medo desse povo de grandes marcas tentando invadir a nossa praia, zara! Hahahahahaha!
Thereza, na “vibe” do “pq não elogiar?”, gostaria de dizer que seu blog está cada vez melhor! É surpreendente como vc consegue trazer conteúdo diversificado com bom português, leitura fluida e descontraída sem ser “forçada”! Parabéns!
Vamos falar a verdade essas revistas de moda ficou chata demais, esses blogs que mostram a vida “real” das blogueiras tá pior ainda a moda tá tão desinteressante, são raras as exceções que me prendem os olhos, seu blog The é atualmente o único que eu vejo, gostaria que colocassem mais pessoas interessantes na capa da revista e essa história do corpo real sempre foi uma mentira e que muitas mulheres compraram essa ideia estúpida,sobre a Zara nunca comprei peça de roupa aqui onde eu moro só tem C&A (não gosto), Pernambucanas e Marisa, enfim minha triste realidade :joy:
Imperfeições? Da moça com o cabelo cortado ao milímetro? Quero ver… Vamos mandar um BB Texture para ela e ver se vai usar!
Vim correndo ver a ronda de segunda
Thê, adorei o post!
Fugindo um pouco do assunto, vc já fez algum post sobre os anos 2000? não sou da área das modas, mas estou buscando algumas referências dessa década, queria ver muito ver a sua leitura sobre o assunto! beijo
Olá Thereza!
Amo acompanhar o seu blog, seu texto é super divertido e mostra o quanto você domina o assunto, entretanto venho enfrentando problemas ao acessar a página usando o miniIpad – as imagens sempre aparecem embaralhadas e a diagramação dá página fica desconfigurada. Espero que os seus programadores possam corrigir o erro, e eu consiga assim continuar lendo seus posts. Obrigada!
The, vc definitivamente é uma raridade neste universo bloguistico… senso crítico, inteligência, radar antenado, boas idéias… tudo isso aliado à sensacional capacidade de rir de si mesma e de suas limitações e peruices. Acho incrível e louvável! Parabéns!
Adoro esses seus posts sobre os novos ares ~fashions~ hahaha’
Sempre me prendem e me abrem os olhos de uma forma indescritível <3
http://www.oblogdaka.com
Fico triste em saber que Anna Wintour dá ibope a uma marca como a Zara, uma potência fast fashion que está envolvida nas grandes polêmicas de escravização do trabalho! Quando será que as pessoas terão consciência na hora de comprar e começarão a valorizar os novos Designers? Obrigada pela informação The!
Muito interessante o post :) Recomendo o documentário sobre a indústria fast fashion “The True Cost” que está no Netflix. Beijos
Amo a forma que você escreve! Leve, divertida e sem deixar de ter conteúdo. Parabéns pelo excelente Blog!