Ela deveria ser a primeira, mas quando eu digo até, é porque sabemos que muito do padrão vigente geralmente é imposto por revistas de moda, sempre estrelando mulheres magras e brancas e lindas em suas capas/editoriais e tudo encabeçado pela Vogue América e sua editora, Anna Wintour.
Agora quando até Anna, num discreto mea culpa, diz que a moda tem mudado e quem não entrar nesse compasso fica pra trás, é porque o negócio é sério. “A moda tem responsabilidade de estar um passo a frente do seu tempo e não persistir na ideia de retratar as mulheres de uma forma só”, milita Anna rs.
E depois de uma longa temporada de moda, de Nova York a Paris, com milhares de looks e desfiles, a editora gravou um vídeo pro site da Vogue e fez um mini balanço da temporada. Foco no brilho e transparência? Que nada, a análise foi comportamental e de como esse sistema da moda está mudando. See Now Buy Now nem é mais uma questão, mas sim a forma como você leva a informação de moda. Elenquei uns pontos da reflexão da adorável diaba.
PASSARELA DA VIDA
Modelos sérias andando de um lado pra outro num cenário frio e impessoal? Esqueça! Segundo Anna, o que tem chamado a atenção são desfiles apoteóticos, com cenários vida real, seja num jardim, restaurante, cachoeira ou aos pés da Torre Eiffell (sim, estamos falando de Saint Laurent e um dos melhores desfiles da temporada).
Agora as modelos não são só um cabide bonitinho, mas elas demonstram atitude na passarela. E desfilam nesses locais reais, seja pra gerar um clique no Instagram ou pra eternizar na memória de quem assistiu.
A DIVERSIDADE ESTÁ DIVERSIFICANDO
Parece até piada, mas de fato, se 1 ou 2 temporadas atrás, um desfile de moda com uma gorda ou com um casting de mais de 1 negra era raridade (pra você ter ideia, essa é a 1ª vez que a NYFW tem uma temporada com mais de 2 negras nos castings de todos os desfiles, e isso porque NY é mais avançada, imagina em outras cidades), agora isso tem se tornado mais comum. Os corpos tem mudado, as etnias tem se amplificado e, pra você ver, até uma mulher super grávida foi vista desfilando com seu barrigão de 6 ou 7 meses.
Engraçado que se antes a gente exaltava essa meia dúzia de marcas que pensavam um pouco a frente, nessa temporada eu só botei reparo nos desfiles que sequer tentaram uma representatividadezinha. Por exemplo, Nova York é rainha em desfiles trabalhados na diversidade e também política, já Paris segue nadinha e ainda ignora o momento, uma pena.
No vídeo, também é citado um dos desfiles mais falados do mês, com as uber tops, Cindy, Naomi e cia, todas com seus 40 e poucos, encerrando para Versace. Será que essa nova geração de modelos está tão fraca que eles estão recrutando as da outra geração? Ou um recado da Donatella de que é possível aumentar essa faixa etária da passarela?
SE ATÉ A VOGUE TÁ DIZENDO…
Ainda no tema, encerro com as aspas da temporada, “A diversidade nas passarelas finalmente virou o padrão, não um vislumbre raro da realidade, com modelos (e não-modelos) de cada raça, idade, tipo de corpo e identidade de gênero representada. Com castings menos homogêneos, os shows também seguiram dessa forma, menos previsíveis”, lacra Anna Wintour.
Com isso, dessa vez nosso tradicional report de tendências vai apenas exaltar essa tal de diversidade e transformação na engrenagem da moda que estamos vivendo. Ao longo do ano a gente fala da tendência x ou y, mas agora o que fica é que todo esse papo de representatividade não está só na moda, mas tem se tornado clássico, já era hora! Aguardando como funcionará na prática.
Achei importantíssimo a Ana Wintour se posicionar afinal ela é muito influente.Porém não adianta ela perceber esse movimento e as capas da Vogue America continuar do mesmo jeito.Como cê bem falou The queremos ver é na prática.
é aqui que manda oi?
aproveitando, Anna Wintour se posicionando, agora vai hein
brincadeiras à parte, acho importante demais alguém como ela falar sobre isso, amém
é aqui o OI… Quase não comento, só visito :( oh God…. agora eu aprendo kkkk
E acho ótimo uma pessoa tão fluente qto ela se posicionar, agora bora por em pratica!!
amo que thereza colocou a foto da riri na moto s2
ah sim, e segue meu oi, a ”olívia”que comenta aqui sou euzinha
nao diga alô diga como vai galisteu
olar.
um amém pra esse post
–
oi, thereza. apenas por título de curiosidade, quantas vezes eu comentei? rsrsrs
Acho ótimo que ela tenha se posicionado, mas será que ela tá curtindo sincera essa mudança toda? Bem, de qualquer forma é muito bom que todo mundo tá ficando esperto ou perde a vez né não?
Aqui que é o oi? Jesus que emocionante.
Oiê!
como que faz pra ir pro MGD
Uma impressão forçosa que já poderia ter sido idealizada. Torcer como alguém disse para mais capas diferentes e inclusivas e não modelos brancas idílicas
Acredito que o posicionamento dela faz toda diferença, espero que reflita cada vez mais na revista.
Muito bom a diversidade, a cada dia mais, ganhar legitimação dos grandes veículos e personalidades. Apesar de ter o lado comercial muito forte em adotar essa perspectiva, acho que só tem a contribuir em dar maior visibilidade e reconhecimento. :sunglasses:
“não persistir na ideia de retratar as mulheres de uma forma só”
Pra mim essa é a chave!! A moda tem que ser pra todo mundo sonhar com aquilo!!
Um passo é como as grandes caminhadas começam, torço muito pra essa mudança ser efetiva na prática.
Importantíssimo a Anna se posicionar e dar seu “aval” tendo em vista que ela que dita basicamente tudo no ramo da moda.
Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço? Porém, vale a reflexão
A moda está seguindo esse caminho tão somente porque, como indústria que é, ela depende diretamente da satisfação dos consumidores para continuar gerando dinheiro. Por isso se posicionar e questionar preconceitos e esteriótipos no nosso dia-a-dia é tão importante (não é só “mimim”, como tanta gente gosta de dizer).. Quando muitas vozes se juntam para derrubar o que está errado há tanto tempo, a mudança acaba vindo, cedo ou tarde.
eu amo como essa inclusão de todas as pessoas esteja virando obrigatoriedade e não mais um “ó que bonitinha essa marca que coloca negras no casting” porq convenhamos, já passou da hora né! Além disso, a importância da Wintour se posicionar sobre isso é sem tamanho. Esperamos mesmo que, se a moda sempre tem que estar a um passo do resto, essas mudanças sejam feitas depressa