Em maio do ano passado fiz um post chamado “Dicas para viajar com criança”, a experiência foi depois de uma inesquecível viagem com a Duda para Nova York, na época ela tinha 1 ano e 7 meses. Hoje volto pra atualizar minha experiência e já aviso: é totalmente diferente!
Nossa última viagem pra Serra – que rendeu post de hotel aqui e dicas gerais aqui – foi num período bem específico da vida da Duda: Uma toddler (aka criança pequena) vivendo o TERRIBLE TWO em sua efervescência.
E daí começo pontuando que é muito importante atentar ao TIMING da sua viagem! Por exemplo, Duda hoje em NY seria o CAOS TOTAL e em nada seria a lua-de-mel do ano passado e daí explico o motivo.
Até seus 2 anos, e aí acho que ela super se enquadra numa criança média e de quem viveu seus marcos nos respectivos momentos, era uma criança super tranquila. Ficava de boa no carrinho, falava coisinhas fofas e aleatórias, já era atenta, mas não fazia a mínima ideia se tava em Nova York ou no New York City Center kkry, comia de forma comedida e tirava sempre um providencial cochilo da tarde. Tudo isso foi perfeito pra uma viagem longa e agitada como a de NY, que requer organização, logística e sempre um “carrinho controlador”.
Lembro, inclusive, que foi nessa mesma viagem que ela deu sua primeira grande corrida (no shopping Hudson Yards, que é branco, brilhoso e iluminado, o que a deixou muito eufórica), nessa mesma viagem ela bateu seu primeiro prato sozinha e arrancou até o osso (no muito agradável Bar Pitti). Eram experiências iniciais e altamente controláveis, a miniquerida nunca foi de chorar muito e, de quebra, o peito a auxiliava no soninho e relaxamento rs. Até então não éramos muito partidários de celular pra distrair e os livrinhos de adesivos eram prontamente eficientes na distração <3
Corta pra Duda hoje: CAÓTICA! Vivendo a plenitude do tal Terrible two. Vivemos o momento que ela quer simplesmente FAZER TUDO! Colocar a roupa, não gostar da roupa, tirar a roupa, escolher a roupa, colocar a meia, o sapato, pentear o cabelo, escovar os dentes, comer, beber água (só serve se for com gás) e assim sucessivamente e no looping.
No dia a dia, apesar de ser muito cansativo – e eventualmente irritante kkkry – a gente permite o máximo dessa libertação e autonomia dela, pois sabemos que faz bem. A auxiliamos quando precisa e/ou quando ela pede, e administramos todas suas frustrações, o que são MUITAS. E é justamente isso que identifica esse terrible two como uma fase difícil, complexa, chorosa e que necessita de atenção, ao mesmo tempo que eles precisam andar com suas próprias pernas.
E de quebra esse ~lance de EDUCAR é muito complexo. Impor limites, ter paciência, explicar duzentas vezes e começar tudo de novo. É muito complicado e demanda energia e calma nossa, e resiliência da póbi da criança que não pediu pra nascer.
Dito tudo isso, toda essa energia e tensão, fica mais complicada numa viagem!
O tempo corre diferente, a própria energia da criança é outra, daí um roteiro de viagem precisa ser pensado vezes MIL! Se pra NY, a viagem foi pra mim e a Duda foi uma acompanhante exemplar, já nessa viagem pra serra, o roteiro era pra Duda e a gente se encaixou!
O que eu posso recomendar de uma experiência de viajar com toddler nessa faixa de 2-3 anos? Que seja um roteiro pra ele mesmo, muitas atividades que esgotem a energia dele logo que a noite cai e assim fizemos!
A escolha de um Hotel Fazenda foi providencial e Duda teve atividade o tempo todo. Ainda que num clima bucólico e que nos trouxe paz, só colocar um pato e um cisne correndo e uma florzinha diferente, já era novidade e interessante pra uma autêntica menina de condomínio rs
Agora tem uma coisa que deixa Duda mais plena & serena que qualquer coisa: comida rs! Essa aí adora belos lanches e o que a gente faz? Lógico que não dá pra fazer uma alimentação regrada como no dia a dia, mas lanchinhos saudáveis, frutas e sucos em geral distraem a mocinha e ainda garante uns segundos de paz. Nossa batalha é não dar doce pra ela, mas também um pãozinho ou biscoito a mais vai nesse período de exceção e no final tudo dá certo! E também só lançamos o fatr tela quando é irremediável e a nossa comida chega na mesa.
Por aqui não tem mais o cochilo da tarde, pois como ela estuda à tarde, tiramos gradualmente, mas em todo jantar, só bater 20h e ela já estava dormida e relaxada. E foi o momento nosso de tomar um belo vinho e ainda deu até pra saborear um fondue e a bela adormecida mal soube do que perdeu!
No geral, creio que cada etapa deles tenha seu momento de viagem. Até os 2 anos definitivamente ainda podemos protagonizar as escolhas dos destinos, depois dois 2 acabamos ficando de coadjuvantes e, se Deus quiser, em algum momento vai ficar bom e equilibrado pros dois lado!