Ressaca pós natal

Essa é uma história real, com nomes fictícios para poupar as partes,  mas que com certeza alguém vai se identificar!

Andreza era uma menina bem simpática, easygoing, que tinha um estilo característico e que todos aparentemente conheciam. Suas lojas favoritas eram aquelas que você encontrava no shopping mais próximo,  e com R$5O comprava-se uma blusa boa pro dia-a-dia. O corpo de Andreza era aquele m básico, e ela deixava claro que não era adepta aos  balonê, volumes, drapeados, babados e listras horizontais.

Um belo natal, Andreza recebeu os presentes de seus familiares e chegados com todo o carinho de sempre. Sacola ia, sacola vinha, Andreza constatava que nenhum presente era realmente a cara dela. Ou a lembrança tinha “pano” demais ou brilho de menos. Ou era um tênis pra academia que ela nunca frequentava ou até mesmo uma roupinha pro cachorro que ela nunca teve. Algumas lojas ficavam afastadas demais de seu perímetro urbano (não entenda como made in france) e a grande maioria dos presentes eram de lojas que Andreza não costumava comprar e com isso constatou…não podia trocar!

Andreza adorava trocar! Ela se sentia poderosa, e mesmo com o mau humor de 97% das vendedoras, Andreza se sentia bem com o trunfo na manga, e no fundo no fundo, Andreza até tinha uma leve  curiosidade em saber o preço do mimo em questão. E  mesmo com a possibilidade de ter que dar a diferença ($), isso nem a incomodava.

Mas foi na reflexão pós-natalina que Andreza percebeu, que mesmo com seu flog about fashion, os parentes (frequentes leitores) não liam as entrelinhas, as dicas de gosto próprio e as lojas favoritas. Andreza ganhou roupas de loja de surfista (ela não surfa), de loja de senhoras distintas (ela tem 26!).

Também ganhou roupas com babados estrategicamente localizados no setor do quadril, e mais, Andreza ganhou roupa de bazar, leia-se, não pode trocar! Vem sem etiqueta! Andreza se sentiu impotente. Passado o trauma, Andreza começou a dar o devido valor aos subestimados vale-presente!

Pior do que isso é o famoso “experimenta pra ver se ficou bom”.