Reproduzindo o título de um post que escrevi em 2015, quando foi anunciado o fim da adorada revista Capricho. É que ontem foi comunicado que o Grupo Abril encerrou as atividades das seguintes revistas: Elle, Boa Forma, Cosmopolitan, Vip, Viagem & Turismo, Mundo Estranho, Arquitetura, Casa Claudia e Minha Casa. Títulos como Veja, Claudia e Exame foram poupados.
Sinal dos tempos. Tempos esses que já temos notado há anos e vale lembrar que não é exclusividade do Brasil. Lá fora, títulos importantes são extintos cada vez mais, outros tem sua periodicidade reduzida e muitos ainda se tornam exclusivos no digital.
A culpa é de quem? Da crise? Da Dilma, do Lula ou do Temer? Da Internet? É tudo culpa do Instagram? Em 2015 já conversamos nesse post aqui sobre como a forma que consumimos moda-e-informação está mudando. E eu ainda não sei a resposta exata desses questionamentos que pairam sobre a sociedade moderna, mas nos resta refletir alguns pontos.
Até quando o fim de uma Capricho, Gloss ou Elle, nos impacta mais no quesito saudosismo ou no fato de perder algo do nosso cotidiano? Cá entre nós, qual foi a última vez que você comprou a revista Elle ou qualquer outra similar? Ver uma capa incrível (eles fazem cada uma maravilhosa) e retwittar, não conta. Quantas vezes dedicamos nosso tempo a folhear e consumir integralmente o conteúdo de uma revista?
E vou além, estendo essa reflexão até mesmo pro mundo de leitura digital. Vejo muita gente lamentar não ter mais bom conteúdo de moda online, blogs desatualizados e sites desinformados. Sei que vocês estão me lendo nesse exato momento, eu agradeço demais e saiba que me esforço muito pra conseguir manter o Fashionismo com um público cativo, atualizações diárias e sustentável, mas quanto tempo a maioria das pessoas dedica de fato a ler blogs e sites de moda, beleza ou do universo feminino em geral?
Estaríamos todos nós, alienadamente, numa espiral de Instagram e redes sociais e seus conteúdos mais rápidos, superficiais e efêmeros? Até onde lamentar o fim de uma revista é mais memória de um passado do que um sentimento real de ausência no nosso cotidiano hoje?
Vocês sabem que já bati inúmeras vezes na tecla de prestigiar quem cria conteúdo de verdade e além do óbvio. E, honestamente, acho que mais do que nunca, valorizar e endossar quem faz conteúdo autoral e autêntico, seja uma das soluções pra gente sair dessa tal espiral que estamos automaticamente vivendo.
Hoje li algo muito interessante no Twitter, “Estamos na era da informação, mais desinformados do que nunca” e é isso. Temos um mundo de possibilidades, ir além, mas ainda estamos prezando pelo básico, pelo trivial. Outro dia LI uma pessoa ESCREVER “alguém ainda lê hoje em dia?”. O que nos resta? É possível viver apenas vendo ou assistindo? Eu não consigo.
Dito tudo isso, vale lembrar que a questão da extinção dessas inúmeras revistas mundo afora, vai muito além da gente não estar mais comprando revista na banca, mas sim de como muitos títulos se perderam nessa nova era digital que, convenhamos, nem é mais tãão nova assim, mas é rápida e engole muita gente.
Se no boom dos blogs, muitas revistas e “gente analógica” rechaçava esse tipo de ferramenta e conteúdo… bom, é o que tem pra hoje. A mudança na forma de se comunicar estava justamente aí (aqui), quem soube migrar – livre de preconceitos, conseguiu superar e se juntar.
Da nossa parte, é preciso desligar o automático, refletir, pensar fora da caixa e buscar canalizar nosso já escasso tempo pra consumir conteúdo de verdade. Valorizar o autoral e ter a percepção que em tempos de fake news, conteúdo de verdade é real e precisa ser exaltado. É fazer mea culpa e uma reflexão sobre como o que consumindo hoje, pode ecoar na nossa própria vida amanhã. É inserir de volta na nossa rotina uma cadência de conteúdo, diversão e arte (isso dá uma música rsrs).
E você, me conta como dedica e canaliza seu tempo na hora de consumir conteúdo na internet!
É exatamente isso, nós somos “bombardeados” com conteúdo a todo tempo e vivemos uma sede de querer o máximo disso, ao mesmo tempo em que, no fundo, acabamos não absorvendo nada. As pessoas gostam de reclamar sobre a qualidade dos conteúdos mas não se prestam a exaltar o que existe de bom por aí. Especialmente no caso de beleza e moda, um tema que faz muita gente torcer o nariz, achamos que só rolar o feed do Instagram tá acrescentando algo, e eu sinceramente acho que não. Eu amo ler revistas mas sei que é um hábito pouco comum infelizmente, nunca me adaptei às revistas digitais e consumo pouco conteúdo aprofundado nas redes sociais, tenho o Fashionismo como principal blog desse nicho e alguns canais de YouTube como o Chata de Galocha como um meio alternativo de consumir moda e beleza. Infelizmente ainda tenho o costume (e vício) de “perder” horas e horas do meu dia apenas navegando pelo feed do insta e facebook sem realmente prestar atenção
CARAMBA, A ELLE ACABOU? Mano… Estou no direito de me sentir triste porque, sim, eu compro e amo revistas (a última Elle que comprei foi a de Maio, não faz tempo :(((). Ok se ainda sobrar a versão digital (sobrou, Tê?), mas era especial para mim comprar uma revista, chegar em casa e folheá-la, ir devorando o conteúdo… Quando não estava bom, eu me entristecia, maaaas, conforme eu via avanço, representatividade, editoriais incríveis, era uma experiência maravilhosa, eu me desligava do resto do mundo e tinha ali uma dose de informação e sonho, coisa que a moda faz muito bem e que dá pra trazer pra vida real, cotidiana. Enfim, eu fico realmente triste porque vejo que muitos veículos de qualidade estão desaparecendo e eu sei que não conseguiria viver de conteúdo de mídia social (nem Instagram eu tenho, CARA). Quero ler textos, quero pensar, quero imagens que foram lindamente elaboradas por uma equipe… PAREM O MUNDO QUE EU QUERO DESCER! Obs: concordo em número e grau com sua reflexão, Tê; superficialidade não vai alimentar nossas almas. :(
Pior que nem a digital vai ficar…
Eu nunca fui muito adepta a ler revistas, mas posso dizer que sou uma leitora raiz de blogs de moda. Lá em 2009 eu lia tanto blog, acompanhava de tudo e não perdia um post. Ontem mesmo eu resolvi dar uma bisbilhotada nos blogs que lia antigamente e que acabei perdendo o interesse, e percebi que a maioria migrou pro instagram. Hoje o fashionismo e o futilish são os unicos que eu acesso todo dia, desde sempre. Nisso tudo eu percebi que, depois do boom dos blogs em 2009, quem continuou escrevendo e conquistou um publico tem realmente um diferencial muito grande, porque quem procura por conteudo de verdade não vai no instagram.
É claro que eu continuo perdendo algumas horas no instagram, mas deixei de seguir um monte de perfil que eu considerava superficial e que prejudicava até na minha autoestima.
Estou com você. Fora sites/blog´s de outras (das minhas) áreas de interesse o Futilish e o Fashionismo são os únicos que leio, porque na minha opinião são os únicos que tem conteúdo para ser lido.
Geovanna, que blogs vc acompanhava e ainda acompanha?
No caso das revistas da Abril, as midias rapidas foram as que menos colaboraram para que isso acontecesse! eles estao em crise, acho que por ma administracao a muito tempo. Soma-se a isso os precos absurdos de uma assinatura de revista, mais o desinterece das pessoas por cultura no geral, nem mesmo livros quase ninguem mais le (gracas a Deus nao e o meu caso). Tenho pena! moda e uma forma de expressao muito importante e vamos admitir, as revistas passam a informacao em primeira mao, blogs e sites replicam essas informacoes. Acho que muita gente perde com isso. Ainda bem que a Vogue Brasil ainda esta de pe, fazendo o papel dela de Caras de luxo, (nao sei por quanto tempo).
Oi Thê, adorei a análise e a reflexão! Porém, o que venho sentindo falta ultimamente é encontrar o tal “conteúdo de verdade”, de qualidade, que agregue informação e movimente o repertório. Seja no digital ou no que resta de impresso está difícil de encontrar algo que vá além do consumo rápido e efêmero. Quem você acredita que está indo além do look do dia, do apanhado de fotos da temporada de desfiles ou da galeria “tendências da estação X”?
Me pergunto e te pergunto isso por que tem sido frequente uma certa “culpabilização” da audiência sempre que momentos como esse, seja do fechamento de revistas ou, por outro lado, da desatualização dos blogs, vem à tona. Eu acredito que os blogs de moda e os demais canais digitais tomaram de forma tão drástica o espaço das publicações tradicionais porque essas já vinham preenchendo suas páginas caras com o mesmo tipo de conteúdo que a maioria dos blogs vieram a apresentar: “excesso de confiança” no poder da imagem e conteúdo raso.
Porém, são poucas as vezes que percebi uma matéria, um post, vídeo, que dirá um blog ou toda uma publicação que me faça LER SOBRE moda; que me aproxima do processo criativo e artístico de um designer, que me faça conhecer a história de uma marca, que me provoque sobre como identificar meu estilo pessoal, e como referência vira interpretação e, na sequência, consumo.
Ironicamente, a Cris Naumovs, diretora da Cosmopolitan, disse nesta semana: “Tem uma coisa que é muito maluca pra mim que é você pagar Spotify, Netflix, mas só a informação se quer de graça”. Poxa, eu havia acabado de ler um texto/post FODA na fanpage do Spotify sobre o ABBA, contando histórias e curiosidades do grupo, estabelecendo-os como pioneiros no sucesso da música sueca, conectando-os com outros artistas locais, enfim, aprendo e me deliciei um tanto com um texto de mi-lha-res de caracteres! A Cosmopolitan pode dizer que fazia o mesmo em seu nicho? Não, não pode. Uma centena de instablogs já vêm fazendo o que eles sempre fizeram.
Por isso, finalizo esse textão (~sorry~) devolvendo a provocação: cadê a informação e o conteúdo de qualidade?
Faltou acrescentar que eu amo revistas, fiquei fascinada com a primeira revista de moda que vi aos 5 anos de idade. Comecei a assinar ja na adolescencia e nunca parei. Moro fora agora e assino varias, Prefiro a revista impressa a forma digital.
Gosto muito do seu blog, gostava de varios, mas deixei de acompanhar quando estes mudaram para aquele formato que voce tem que abrir e voltar para a pagina o tempo inteiro. Acho uo.
Eu era leitora e assinante da Vogue Brasil por 5 anos. A mais ou menos 2 anos suspendi a minha assinatura, por que eu simplesmente cansei de todas as reportagens e editoriais serem patrocinados por uma marca X. Chegou ao cumulo de em uma edição, de 3 editoriais 2 serem com as peças da mesma marca. Aí eu penso “Será que essas revistas acham que elas ainda são quem ditam as ‘regras’ que o mundo segue?”. Fico pensando se eles ainda seguem a história de “Ninguém sabe o que quer, nós temos que dizer os que eles querem”. Realmente é super triste não ver que as coisas estão mudando.
É isso. A maioria das pessoas não lê mais textos longos, não abre um livro ou revista. Eu acho muito triste… estudei moda na época em que me informava através das revistas, sabia o que seria tendência pelos editoriais maravilhosos.
E sinto que na internet tem conteúdo bom sim, mas cada vez mais superficial. Sinto falta de ter informação de moda de verdade, de ver fotos incríveis que vão me inspirar por anos… tudo está muito perdido.
E eu como assinante de revistas de moda fico bem triste.
Eu peguei o finalzinho da era das revistas, quando eu entrei na adolescência foi justamente a época em que os blogs começaram a ganhar força, então sempre questionei muito o formato. Aqueles editorias com produtos inacessíveis, um monte de regra como se vestir ou se portar…já tinha ouvido falar que a Elle estava com uma outra visão e era uma ótima, mas eu não criei o hábito de consumir revistas, portanto nunca li, pra mim sempre ficou aquela impressão de que não tinha nada a ver comigo. Dos blogs, por outro lado, eu sinto muita falta. Acho que eles conseguem ser muito mais íntimos e menos exaustivos que Stories e feed do Insta, além do formato permitir que as pessoas possam se aprofundar mais naquilo que vão dizer. A sorte é que ainda dá pra achar muita coisa de qualidade no Youtube, espero que tudo não acabe sendo engolido pelo IG.
Comentei lá no grupo e repito aqui… O impresso quis fazer guerra com a internet. Perderam. É triste, sinto pelos profissionais, pela nossa perda de conteúdo. Espero que agora, finalmente, se achem em apresentar conteúdo aprofundado em outras plataformas!
Muito bom texto.
Dá minha parte posso dizer que vejo mais blogs do que as revistas. Faz muito tempo que comprei uma. A última Elle faz 2 anos. Irreal, com uma moda muito cara. Chatinha mesmo. Pegue uma revista Claudia. Minha idade e ñ me enxergo nela. Eles precisam parar de fazer política e mudar. Fico na espera do fechamento dz Veja caquética. Já vc continua ótima e atual. Parabéns.
O fim das revistas impressas de moda vem, de certa forma, sendo esperada, uma vez que muitos dos anunciantes migraram para o universo das blogueiras.
Daí eu me pergunto: será que vem daí um certo cansaço que sinto de alguns blogs?
Ocorre que algumas blogueiras viraram “celebridades”, daí o blog vira editorial!!!
É muito legal ver essas coisas, todo mundo sabe que muitos produtos são anunciados em blogs, mas daí a ficar vendo produtos surreais de marcas totalmente fora da realidade financeira da classe média (quem dirá do mais), dá um cansaço!
E dá-lhe editorial de Gucci e Chanel prá ir até a padaria.
E depois tem um certo descaso, começam a postar uma, duas vezes por semana e tchau.
Deixei de ver um monte de gente exatamente porque gosto de ler o post.
Acho que tem uma troca, sei lá.
Ainda gosto de revista impressa.
Ganhei a InStyle com a Serena Williams na capa e estou encantada!
Que textão da porra! Nos traz uma bela reflexão… Por isso amo esse blog!
Sempre certeira nas reflexões!!!
menina, eu amei taaaaanto essa reflexão! sério. porque é isso mesmo. a gente tá na era da informação, mas todo mundo mega desinformado, sem saber o que consumir e onde consumir informação de verdade. e eu acho que esse é um momento de virada para todo mundo, sabe? mas principalmente para quem lida com conteúdo e ter que dar um passo adiante para mostrar pras pessoas que existem um lugar em que elas podem confiar mesmo, sabe? taí, acho que essa é a era da desconfiança, e entre tantos publis não sinalizados, foco na audiência e não no conteúdo, no viral e não no que dura, a gente meio que se afogou no tanto de coisa e perdão a mão. vai ver é hora de voltar pro básico, né?
Primeira vez que comento, mas leio desde a época da temporada em Ny! ❤️ Achei importante comentar para valorizar seu trabalho e dizer que seu blog é um dos únicos que acompanho com frequência justamente pelo conteúdo verdadeiro, autoral e que mostra preocupação com as leitoras! Se sinta valorizada! Beijos
Nossa, é exatamente isso, The! Nos acostumamos ao mínimo do conteúdo, mas em grandes quantidades de infos, preferimos saber pouco, mas de muitos assuntos… a internet nos mudou e resgatar o hábito da leitura é preciso. Fiquei tristissima com o fechamento de tantos títulos, mas pessoalmente, minha última assinatura foi na Gloss….
Amava e assinava Elle (até hj!) Arquitetura & Construção comprava na banca, amo revista e colecionava essas e Vogue Brasil e Harper’s Bazaar espero q n acabem com essas tb
A Vip e a viagem e turismo não vão acabar.
Eu já li vários blogs, mas as blogueiras agora viraram youtubers, então atualmente só consumo como blog o Fashionismo. Acho que conteúdo interessante sempre vai ter público, independentemente da plataforma, do mesmo modo que os jornais televisivos não excluem os sites jornalísticos, é uma questão de ter pautas interessantes. Thereza, você tem a habilidade de produzir informação que funciona muito bem para a leitura, acredito que o fato de não ter um canal serviu para que você mantivesse o foco no blog. Eu estou sempre por aqui, e se você decidisse criar um canal no Youtube, lhe seguiria, mas fico feliz de saber que alguém segue firme com conteúdo escrito. Acho que isso de perguntar “se alguém ainda lê” é bobagem, porque as pessoas não deixaram de comprar livros, só que agora os lêem no Kindle, que é muito mais prático. A tecnologia surgiu para facilitar nossa vida, e finalmente temos fácil acesso àquilo que gostamos e mais diversidade de conteúdo, isso é um ponto positivo, ao mesmo tempo, quem produz conteúdo digital vê uma concorrência maior, porque agora qualquer pessoa pode se aventurar nesse meio. A gente de adapta à tecnologia, mas acho que sempre haverá espaço para quem é competente. Bjos, adoro você! Lhe acompanho há anos!
Eu consumi a revista “Estilo” até a última edição dela, e até hoje eu lamento que tenha sido tirada de circulação.
Mas é verdade que estamos lendo menos, até blogs. Antigamente, eu entrava diariamente em vários blogs. Mas esta realidade mudou. Hoje eu vejo instagram e youtube. Consumo moda mais dessa forma. É o mundo mutativo em que vivemos.
Nossa The, certíssima em tudo o que falasse. Esses dias fui tentar achar um blog novo pra acompanhar e não achei nenhum bom. Ainda bem que existe o fashionismo. As pessoas preferem acompanhar as redes sociais com informações sem conteúdo nenhum.
Eu confesso que já não leio revistas ha algum tempo, mas assinava Viagem e nao me surpreende seu encerramento, embora me entristeça pelas pessoas que perdem seus empregos.
Dessa revista em especifico posso dizer que faltava.
Vou aprofundar o que eu digo, vejamos, você tem 1000 perfis de viagens no instagram e blogs do tipo, onde postam videos, informações e mais informações, fotos de quartos de hotéis, de instalações de hotéis, de comidas, restaurantes, transportes, etc, etc e você abre a revista e não via muito alem disso, sabe? Parecia mais do mesmo, então se você tem o instagram ali aberto e a mão que te da tanta coisa e por outro lado revista que parece mais do mesmo, você vai ficar onde?
Deixo claro que e o meu ponto de vista e que obviamente haverá quem discorde de mim, mas para mim faltava.
A titulo de comparação, a revista da LATAM, por exemplo, me dava mais informações interessantes do que a própria Viagem…Nao justifica o encerramento, mas talvez explique alguma coisa.
Acho que aliado a isso ha também uma outra questão, antigamente nos informávamos lendo revistas, escolhíamos o que nos faltava e íamos em busca disso em revistas, hoje não precisa ser assim, e com essa correria da vida as pessoas hoje querem mais do que nunca praticidade.
Acho que quem lia revistas continua lendo blogs, mas não deixa de se informar, o que ocorre e que talvez a nova geração não tenha tanto apreço por ler (ler nada mesmo).
Continuando a falar sobre minhas impressões, com relação a blogs, eu leio o Fashionismo religiosamente todos os dias, quando chego ao trabalho, alem desse leio os sites de noticias e dois outros blogs de atualizações de concursos. E todos tem ótimo conteúdo, mas já tentei ler outros que na eram bons e não funcionou.
Finalmente, acho que falta um pouco de “linkar” o instagram ou facebook com os conteúdos postados em blogs, vou dar um exemplo, eu sempre venho ao Fashionismo pela manha, mas quando não o faço, assim que vejo no Instagram ou no facebook que tem post novo venho ler, e faço o mesmo com blogs como o Ella do Globo, o Hugo Gloss, mesmo que as vezes tenha só uma linha de matéria.
Eu tento prestigiar os sites porque sei que não só de instagram se vivem as pessoas, mas vejo que tem gente que não se adapta, para quem a gente tem que se lembrar de ir a ate o site no meio de tanta coisa que a gente faz durante o dia… tem quem nao desça do pedestal e não entenda que os tempos são outros.
Finalmente, tem que seja ruim mesmo, informações ruins, texto ruins, e não sobrevivem, mas o que e bom sempre tem seu espaço.
O fim das revistas é o que já esta acontecendo com muitos blogs. O fashionismo continua a ser um dos únicos blogs que ainda vale a pena a leitura em meio a tanta futilidade e conteúdo repetitivo que vemos por aí. Parabéns.
Eu nunca fui fã de revistas de moda. Sempre achei o conteúdo muito inacessível para mim. Desde sempre leio blogs e há anos o Fashionismo é o único que continuo acessando, além de ser o único que sigo no Instagram.
Mas claro, moda para mim é um passatempo, não é minha profissão e não acrescenta nada de muito relevante na minha vida (algumas brusinhas da moda e vontade de comprar cremes novos). Imagino que para aqueles que vivem da moda essa crise das revistas irá afetar de grande forma.
Vejo esse como um momento das blogueiras que têm blog assumir um compromisso maior, pode ser um ótimo momento para os blogs de moda.
De fato a maneira de consumir mudou – e, como bem mencionou o post, não é de hoje! Confesso que sentirei falta das revistas (principalmente da Elle que colecionava), mas devo afirmar que desde quando criei meu blog e segui o da revista minhas aquisições diminuíram muito…
Gostei muito de quando falou sobre a valorização da originalidade. Meu blog se chama “A Lei da Moda” e aborda temas jurídicos e notícias interessantes da indústria. Assim como você, me esforço muito entre uma tarefa e outra para mantê-lo atualizado e interessante. O que me motiva mesmo é quando algum leitor me aborda comentando que o post “X” foi muito esclarecedor, que o post “Y” foi fácil de ler, etc. No fim de tudo, quem se destaca é aquele que consegue flexibilizar a própria abordagem sem perder a originalidade e o conteúdo. Falar sobre Direito de uma forma fácil é um dos meus maiores desafios.
Parabéns pelo seu conteúdo!
MC. :kiss:
Oi, Thereza! Primeiramente, gostaria de dizer que o único blog de moda que sigo atualmente é o seu (todo dia estou aqui). Os demais, nunca senti que eram blogs mesmo, mas uma coleção de fotos de looks e de vez em quando os procuro no insta como guilty pleasure rs.
Nunca fui de comprar muitas revistas, durante uns anos assinei Capricho, mas essas revistas de moda como Vogue, Elle, Harper’s Baazar eu nunca me identifiquei. Tanto pela questão financeira, quanto pela visão de moda. Prefiro informações sobre os bastidores, a historia, o perfil das pessoas envolvidas, do que fotos e mais fotos de looks que não entendo e não consigo visualizar no dia-a-dia.
Aguardando ansiosa o fim da Veja, pois as revistas perdem a imparcialidade e não admitem perder público e fechar?! Oi… Nós é que mantemos suas publicações, façam um material de qualidade e imparcial que iremos consumir sim, agora se for lixo as pessoas não vão comprar mesmo não, foi o mesmo com as revistas de moda, lembro uma vez qdo eu tinha 14 anos e abri uma revista para a minha faixa etária e tinha editorial e sugestões de looks com opções como sandália Arezzo caríssima, fala sério, e hoje em dia não mudou, vc abre a revista e só marcas e corpos inacessíveis, dai eu abro o insta ou os blogs e tenho uma blogueira mostrando a nova coleção da zara, renner, é claro que vou migrar, não vou consumir revista por pena, tadinha ela vai fechar, mas ela a revista prefere fechar a mudar, adaptar à nova realidade, isso aconteceu com varias profissões, se adaptar é a ordem… É o que acontece por exemplo na Champs-Elysées, onde grifes como Chanel, Gucci foram se abrigar mais distantes da avenida principal pq foram engolidas por varias zaras e hm… cara quer fazer roupas milionárias? Faça! Mas daí a ficar com pena das grifes pq elas perderam espaço, aí não, pq é isso que acontece sim, não adianta competir com o consumidor, ele vai ditar o que vai prosseguir. E sobre essa questão de “ alguém ainda lê?” Meus amigos continuam comprando livros com frequência. Sempre haverá público para um bom material.
Confesso que fiquei com a fuça no chão com essa notícia. Fora os profissionais, sabe? Eu fico pensando muito em quem dedicou tanto tempo, o esforço físico, mental e emocional de manter esses veículos no ar, pra no fim do dia a editora fechar tudo e demitir geral… É um sentimento de ser descartável, fora que o mercado editorial como um todo é muito complicado para jornalistas – sai da Abril e vai fazer o quê? E é engraçado, porque achava que os blogs acabariam com esses veículos lá em 2008/9 e não foi o que aconteceu – poucos blogs se mantém no ar de maneira ativa e constante, focando em conteúdo de qualidade, mas as revistas também não souberam se aproveitar disso o suficiente para criar novos modelos de negócios. Triste, apenas muito triste…
The, queria te dizer que aprecio demais seu esforço de continuar escrevendo e trazendo informação, mas tb reflexão para esse mundo internético. Eu sou uma que lê seu blog todo dia.
Óbvio que tb adoro instagram, mas não deixo o texto de lado.
Inclusive, uma coisa que fiz para tentar sair desse imediatismo foi deixar de seguir todas as lojas no insta. Vi que isso estava aumentando meu consumismo vazio. Sigo blogueiras e insta-pessoas que sinto que trazem conteúdo, seja um estilo que eu goste, um olha fotográfico ou dicas que eu posso confiar.
Parei com todas as blogueiras iguais, que só querem me empurrar coisa pra comprar. Daí, se gostei realmente de um negócio, corro atrás. Eu gosto de moda. Gosto do mundo da beleza. Não só de comprar coisas novas!
Eu realmente fiquei bem triste com o fim dessas revistas, principalmente a cosmopolitan da qual sou leitora. Segunda mesmo comprei uma Marie Claire, pois gosto de blogs, instagram, mas também o conteúdo em papel pra ler. Uma pena…
Realmente, hoje me pego por muitas vezes no “automático” abrindo o insta em momentos “x” várias vezes ao dia, face nem tanto, mas já estou tentando minimizar isso porque é muita perda de tempo com coisas efêmeras, e é tipo começar a assistir uma novela na metade, se eu entrar no insta só de manhã e no final do dia já da pra entender o contexto do dia todo rs. De contéudo de moda mesmo, sem puxação de saco, seu site é o primeiro que acesso pra me atualizar, porque além de bastante antenada adoro sua abordagem leve e divertida. Gosto do GE também, mas sinto falta de um site nacional que compile as informações e tendências mais atuais sabe…E realmente, é muito difícil eu consumir revista impressa já há algum tempo, mas tem um titulo que eu faço QUESTÃO de comprar, é a Glamour. Tamanho prático, antenada, de fácil leitura e até mesmo divertida, é o fashionismo impresso kkk
Há cerca de um ano uma amiga (que tem site) compartilhou ou citou alguma coisa sobre como as pessoas estavam tão abduzidas pelas redes sociais (instagram especificamente) e como o conteúdo migrou para redes sociais e youtube. A pauta inclusive era a São Paulo Fashion Week. Eu comentei que na verdade quem escreve e tem um site deve se preocupar em manter um conteúdo atualizado e, sobretudo, ter uma identidade, uma marca própria, seja de escrita, todo o conjunto, um branding. Lembro que uma blogueira e youtuber que seguia essa amiga, entrou na discussão e disse que – pasme – as pessoas não gostam de ler – e eu argumentei que as pessoas não gostam de ler coisas desinteressantes e com a qual não se identificam, que para falar de moda não precisa fazer look do dia ou dar pinta na São Paulo Fashion Week. Ela inclusive perguntou se eu estava citando Thereza Chamas como exemplo. E eu a deixei no vácuo, pois além de tudo ela foi mal educada, mas o exemplo era Thereza mesmo. Eu acho mesmo que as pessoas estão abduzidas pelas redes sociais e pelo instagram, mas também acredito que as revistas se tornaram desinteressantes e distantes da realidade de quem era leitor. Eu mesma não me identificava com nada e não serei hipócrita e afirmar que consumia pq há séculos que não compro uma revista. Não por gostar de ler, mas por não ter identificação com o conteúdo. Lamento pelos trabalhos e carreiras que agora precisam se reinventar num momento de crise. Porém, mesmo gostando de ler, não tenho nenhuma revista nesse momento para fazer uma foto e postar no instagram lamentando (contém ironia).
EU amo ler. Amo CONTEÚDO.
E eu amo “linkar” tudo , problematizar, vejo possibilidade de reflexões fantásticas em todo conteúdo que acesso.
Você fala sobre moda/beleza, mas fala também de mercado, de cultura, de finanças, de sociedade.
E para isso é preciso profundidade.
Enfim. É basicamente por isso que continuamos voltando e voltando aqui para o fashionismo.
E sim, concordo também que não adianta só reclamarmos. Temos que fomentar, consumir coisa boa para que mais coisa boa apareça.
Super concordo com o que vc disse! Para mim, o fashionismo é o único blog que conheço que aborda não só moda, mas outros assuntos tb interessantes com conteúdo. Sou leitora assídua, atualizo todo fim de semana. Thereza, por favor, continue com o blog, amo completamente, já basta este ano que tive uma baita tristeza com o fim do blog da Julia Pétit.
Essa frase que você viu no twitter “Estamos na era da informação, mais desinformados do que nunca” era muito, mas muito usada pelo meu professor de redação lá em 2014 e é muito real. A informações são “jogadas” em cima de nós o tempo todo, mas de uma forma tão rasa, tão superficial, que ao invés de estarmos 100% informados, estamos cheios de informações vazias, pela metade, “fake news” etc..
Eu quando adolescente era leitora assídua da Capricho, não deixa passar uma edição, comprava todas. Fui crescendo e meu amor passou a ser Elle, apesar do preço alto, sempre que eu podia eu comprava, principalmente pelas capas lindas que sempre me chamavam atenção. Hoje em dia confesso que não comprava mais porque realmente tinha outras prioridades pro meu suado dinheirinho e principalmente depois de conhecer o Fashionismo, passei a ler mais ele do que qualquer outro veículo. Hoje em dia a primeira coisa que eu faço quando ligo o computador seja no trabalho ou em casa é abrir o Fashionismo e gasto uns bons minutos do meu dia lendo.
Ah, a Mundo Estranho acabou também? Estou de luto agora, como amava essa revista. Já fui assinante inclusive. Capas maravilhosas, assuntos interessantíssimos (mesmo que para um público bem específico), design, edição… Tudo muito perfeito!
Que tristeza isso. =(
Sou consumidora voraz de revistas…me perco em bancas! rsrs
Adoro encontrar na cama e ler minhas revistas…arrancas as páginas que tenham algum item que eu queira comprar…
Aliás, estou aqui na cama com as revistas Elle, Marie Claire e Vogue, todas de agosto.
Muito triste com o fim da Elle.
Gosto de blogs de moda, mas, honestamente, nem se compara à emoção de folhear uma boa revista.
Adoro o Fashionismo! Leio desde o início, quando veio o boom de blogs. Acompanhava vários deles e, desde cedo, já percebia quais eram aqueles que tinham mais caráter de coluna social e página de look do dia. Acho que para essas blogueiras foi bem natural abandonar o www e ficar apenas no @, afinal look do dia normalmente rende pauta para poucas linhas.
Acho que aquelas que sempre se preocuparam com conteúdo conseguiram absorver o público das revistas, do pessoal que gosta de ler e que se importa com informação. Tem muita gente que acha que moda é sobre tendência e “lookinho” da loja X ou Y. Muita mesmo! Acho que em parte por isso que as mídias mais visuais fazem tanto sucesso.
Sobre as revistas… Acho uma pena, mas acho também que faltou uma maior percepção em entender o novo comportamento.
Eu trabalho com moda e sempre tento estar ligada em diferentes canais de informação. No início do ano assinei a Elle por um ano. Em 8 meses de assinatura, não recebi NENHUMA revista no prazo. A de março nem veio, a de abril veio em maio, a de junho em julho etc… Semana passada cancelei minha assinatura. Um dia depois, sem eu saber, eles anunciavam o fim da publicação impressa.
Hoje, muito menos gente compra revista física e, quem compra, não recebe (pelo menos as da Abril não).
Triste, mas previsível infelizmente.
Obrigada, Fashionismo pelas doses diárias de conteúdo de moda, decoração, comportamento etc!
A gente tem que se adaptar, ninguém quer mais gastar dinheiro nisso e o mesmo vale para cd, dvd, e filmes, eu baixo tudo online, ainda mais com tanta fake news e filmes ruins, prefiro economizar.
Eu estou, de verdade, lamentando o fim das revistas de papel. Sim, tem um Q de saudosista, mas eu sou aquele pessoa que compra na banca, folheia, sente o cheiro do papel e marca com post it o que vou aproveitar no meu blog. Que acha lindo a cama desarrumada domingo de manhã com a revista do mês, que acabou de chegar, em cima. Que assinou a Elle por mais de cinco anos. Você está certa em dizer que ninguém mais se dedica a ler – de verdade. Estudar a moda e as tendências só nos faz mais e mais alienados. Isso sim é a verdadeira tristeza. E uma coisa bem difícil de conseguir reverter. Cabe a quem ama escrever, como nós, manter nosso conteúdo legal!
Me sinto saudosa sim das revistas de papel… Gostava de ler, folhear, colecionar e até do cheiro (livro novo tbm!) Mas ao mesmo tempo vejo que é normal com o passar do tempo. Tempos modernos…
Contudo, o conteúdo é algo que realmente temo pelo fim. Você é uma das raras bloggers que tem conteúdo de verdade! Sabe falar sobre vários assuntos de uma forma gostosa de ler. Sinto como se estivesse lendo uma revista. Pra mim é uma! hhahaa Bjos!