Meia-idade sem crise!

Vamos falar sobre meia-idade, mas tirar a parte da crise? Se nossa expectativa de vida anda crescendo, quando que se mede a metade da vida? Há controvérsias, pelo fato dessa expressão ter sido cunhada mais de 60 anos, quando a expectativa de vida era bem menor, mas no geral dizem que a meia-idade começa por volta dos 40-45 e vai até a 3ª idade. Já a crise espero que nunca.

Essa foi uma pauta da nossa newsletter (clique aqui pra assinar) e tenho refletido muito sobre como marcos temporais carregam estigma, mas podem ser vistos com mais leveza. Ou apenas como números.

Ano passado fiz 40 anos. E aos 30 anos, fazer 40 parecia assustador, distante, expectativa, pressão. Se você ainda não fez, spoilers: nada demais, é até libertador… “ah é só isso?!”. Lógico que cada caso é um caso e no meu, por exemplo, 35 anos foi muito pior. A pressão pra engravidar, prazos biológicos – e sociais – sobre o corpo da mulher… foi o caos completo em minha vida, abalou autoestima, vida pessoal, trabalho, passou.

Talvez tenha sido por isso mesmo q depois do trauma, os 40 anos me parecem mais libertadores, sem restrição ou prazos, temos outras urgências, mais vivências. Óbvio que 40 anos não é só poesia. Sigo ansiosa, hipocondríaca, tenho medos incapacitantes, nem sempre a energia vem depois de um café ou Coca-zero, mas ainda assim há um descompromisso em querer agradar.

Quarenta anos é quase um grande botão de fod@-$* para julgamentos ou pessoas. Depois dos 35, e quando tentam nos enfiar numa caixa cheia de padrões e deadlines, 40 anos é aquele happy hour que você quer logo descer do salto e curtir um bom drink.

Me senti inspirada a falar sobre essa pauta depois que li um report de cultura da Meta e eles deram super destaque à pauta meia-idade, tudo capitaneado pela geração millennials, que entra agora nessa faixa dos 40! Eu, que sou da turma de 1982, me senti motivada, plena e serena.

No relatório fala-se como chegar aos 40 tem sido cada vez mais uma fase de descoberta e afirmação. Como esse aspecto geracional é cada vez mais teórico e menos factual, mais cultural e menos diagnóstico! Se antigamente a meia-idade era pautada por certezas e inseguranças, agora é norteada por liberdade e autossuficiência.

Cada vez mais buscamos protagonismo em pautas atuais, balanceamos carreiras e relacionamentos, nos exercitamos de forma mais espontânea e ainda redescobrimos novas profissões e paixões. Esses foram apenas alguns destaques da pesquisa que eu compartilho abaixo em inglês.

Ter 40 é cada vez mais sobre ser nosso melhor e mais verdadeiro eu. Achei esse relatório bonito e empoderador demais, logo, compartilhei! Se identificam?! ❤️